Nova York na pressão: um roteiro ao sabor da cevada
Data: 10/04/2013
Fonte:
Data: 22/06/2012
Fonte: Globo Online
Loiras, ruivas e morenas voltam a dominar a Grande Maçã, destacando-se em casas novas e antigas e até exposição histórica
NOVA YORK- Em um glorioso jantar no restaurante Per Se, quando o sommelier se aproximou da mesa para sugerir uma bebida para acompanhar um prato de queijo, último ato antes das sobremesas, ele apresentou uma garrafa de cerveja da Brooklyn Brewery : "É uma edição especial, produzida perto daqui. Na minha opinião, uma boa cerveja, encorpada e aromática como essa, é melhor que qualquer vinho para se combinar com um prato de queijos variados", anunciou. Isso foi há cerca de quatro anos, quando começaram a surgir os primeiros sinais de que Nova York estava bastante interessada em recuperar as suas ancestrais raízes cervejeiras. Afinal, a cidade foi fundada por holandeses, depois passou para as mãos dos britânicos e acabou recebendo uma imensa quantidade de colonos irlandeses, todos esses notórios amantes de louras, ruivas e morenas. Dali em diante não pararam de surgir pequenas cervejarias, além de ótimos lugares para se apreciar a bebida, como a espetacular Birreria, um dos destaques do Eataly, complexo gastronômico dedicado à Itália. A última novidade é a exposição "Beer here", inaugurada no fim do mês passado na New York Historical Society. A essas novidades se juntam clássicos com a McSorley's Old Ale House, inaugurada em 1854, desde então servindo ótimos chopes aos seus clientes, entre eles muitos e muitos turistas.
Dos clássicos ao ‘Renascimento'
Um belo balcão de madeira escura descascado pelo tempo parece estar ali desde 1854, ano de inauguração da McSorley's Old Ale House, no sul de Manhattan, no East Village. Alguns clientes com pinta de assíduos ficam por ali mesmo, bebendo e conversando. As mesas e cadeiras também apresentam as marcas do tempo: devem ter a idade da casa, instalada em um daqueles prédios de tijolinhos que são a cara de Nova York, com direito a escada de incêndio na fachada. A decoração é lindamente caótica, misturando muitas fotos antigas em preto e branco e recortes de jornal enfeitando as paredes, cheias de penduricalhos, os mais diferentes, de relógios centenários a bandeirinhas da Irlanda, pátria de John McSorley, que chegou aos EUA em 1851 e fundou este endereço, fundamental para se desvendar a alma nova-iorquina. Um aquecedor de ferro domina o cenário. Espalhado pela chão, muito pó de serragem.
Parece que estamos em um filme de época. Há cem anos, em 1912, o pintor John French Sloan fez o quadro McSorley's Bar: a obra mostra que o lugar nada mudou desde então. Bastariam esses elementos estéticos e históricos para fazer da visita ao lugar um dos programas mais imperdíveis de Nova York. Mas existem outros prazeres escondidos ali por detrás da fachada de vidro com madeira escura, onde repousam barris de madeira pintados de verde. Além da atmosfera há os comes e bebes, que são a alma de qualquer boteco que se preze. Para bebericar, as duas cervejas produzidas por eles e, para forrar o estômago, um corretíssimo fish'n'chips, ótima companhia para elas.
São duas variedades de cervejas, servidas na pressão, com espuma cremosa, ambas imperdíveis: a McSorley's Ale (no estilo pale ale, com delicioso amargor) e a McSorley's Black and Tan (no estilo stout, com sabor levemente adocicado e com aromas defumados). Para acompanhar, a pedida mais comum é mesm

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